segunda-feira, 18 de março de 2019

Depois da agressão, todos os dias são uma incógnita
Diogo e André têm idade de andar na escola, escrever poesia, namorar, fazer karaté e jogar futebol. Uma agressão interrompeu-lhes a vida. Durante dois dias, o PÚBLICO acompanhou o seu internamento no Centro de Reabilitação do Norte.

 "Diogo e a mãe levam quatro meses entre paredes de hospital. Ela fala sempre nas datas certas, 13 de Novembro: o dia em que Diogo estava no jardim em frente à escola, durante o intervalo das aulas, e foi agredido ao pontapé. Caiu, bateu com a cabeça e sofreu um traumatismo cranioencefálico. Os pais foram preparados para as mínimas hipóteses de sobrevivência. Na melhor das probabilidades levariam para casa o filho com profundas deficiências cognitivas e motoras"

 "Num telefonema o mundo caiu-lhes em cima. André tinha sido agredido por um colega em frente à escola, não eram 8h30 da manhã de dia 30 de Novembro. Quando os pais chegaram ninguém tinha ideia de que o miúdo de 17 anos, deitado na ambulância dos bombeiros, tinha tido um acidente vascular cerebral (AVC) e células cerebrais privadas de oxigénio. Passou um mês em coma. E a mãe ouvia nos corredores quem reproduzisse o seu estado acataléptico: “Aquela mulher não acredita como é que o filho está.” Passaram-se semanas sem uma boa notícia" 
Texto:Margarida David Cardoso
 Fotos:Paulo Pimenta
 Ver o trabalho completo no Jornal Público
https://www.publico.pt/2019/03/18/sociedade/reportagem/agressao-dias-sao-incognita-1865712