domingo, 31 de março de 2013

# Fotografafo Convidado do Mês de Abril: Adriana Morais#

Estas fotografias fazem parte do projecto 12.12.12 (www.121212.pt). Algumas delas acabaram por não entrar na selecção final.


Este projecto com mais 11 fotojornalistas portugueses retrata a crise em Portugal no ano de 2012, envolveu a publicação de um livro e uma exposição que está a percorrer o país.

O local parece o cenário de um filme. Chama-se Mecânica Setubalense.

É uma antiga fábrica em Setúbal que fechou no final dos anos 80 e hoje, em ruínas, é ocupada clandestinamente por 25 famílias, muitas desempregadas que não conseguem pagar renda de casa e encontrar trabalho, numa das zonas mais afectadas pelo desemprego em Portugal.

Todos os que aqui vivem são emigrantes cabo-verdianos que foram construindo as suas casas entre os muros degradados da fábrica, fazendo nascer um bairro sem condições para habitação, onde as paredes podem desabar a qualquer momento.

Ironicamente, tem uma das melhores vistas do distrito, de onde se pode observar o Sado e Tróia, destino de férias para alguns dos portugueses mais abastados.

A última vinda do FMI trouxe fome e desemprego à Mecânica Setubalense. Hoje, com o regresso do Fundo, a mesma fábrica acolhe nas suas ruínas famílias sem emprego e sem casa.

01 - As paredes nuas e frágeis escondem um acesso limitado e ilegal a água e eletricidade. A chuva traz medo de desabamentos e a polícia medo de expulsão.
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02 - Perto de duas dezenas de crianças vivem no bairro, brincando todos os dias entre os destroços da Mecânica Setubalense.
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03 - As paredes da antiga fábrica ajudam à construção de casas clandestinas para algumas das famílias mais pobres do distrito.
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04 - Zinaida (à esquerda) dá de biberão ao neto, enquanto a nora cuida do filho da vizinha. A entreajuda entre os vizinhos é uma das principais características da vida no bairro.
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05 - A Melissa chegou à Mecânica Setubalense há 2 anos. A casa ainda não está construída, tendo de viver com a família numa única divisão.
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06 - Filha da Melissa brinca na cama dos pais.
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07 - Joaquim vivia numa casa arrendada. Há dois anos foi obrigado a abandoná-la e a construir a sua própria habitação nas ruínas da Mecânica Setubalense. Trabalhava na construcção civil. Hoje não consegue arranjar trabalho e não recebe nenhum subsídio.
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08 - Maria Antónia tem oito filhos. Já tentou sair do bairro, mas foi obrigada a regressar em 2010.
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09 - Filha da Maria Antónia a ver televisão deitada num colchão no meio da sala. Falta-lhe uma haste nos óculos, que não tinha dinheiro para comprar.
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10 - Vítor é um ex-pugilista, que tenta ensinar a cunhada Welma a arte do boxe. Aos domingos dá aulas aos jovens do bairro.
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11 - Apesar das condições difíceis em que vivem, quem mora à sombra deste moribundo gigante industrial faz questão de manter os seus jardins limpos e as suas casas arranjadas.
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12 -  Duas crianças observam quem entra no bairro. Ao fundo, avista-se o Sado e Tróia.
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Nascida a 29 de Fevereiro de 1988, concluiu em 2009 a Licenciatura de Arte e Multimédia/ Fotografia na Faculdade de Belas-Artes. Em 2009 iniciou o curso Profissional de Fotografia do Instituto Português de Fotografia (IPF).
Publicou trabalhos na Revista Visão, no Jornal i, no Dinheiro Vivo (suplemento de economia do Diário de Notícia e Jornal de Notícias) e no Jornal de Letras.

É fotógrafa freelancer na área do fotojornalismo, mas também faz fotografia de casamentos de (www.facebook.com/FotografiaAdrianaMorais) e é co-fundadora do projecto de fotografia de animais “Olha o Passarinho!” (www.olhaopassarinho.info/).
Compasso pelas ruas de Valongo/Gondomar
Valongo, 31 Março 2013
Fotos: Paulo Pimenta
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quinta-feira, 28 de março de 2013

Prineiro ministro Passo Coelho com primeiro ministro sueco Fredrik Reinfeldt no Museu Serralves
Porto, 27 Março 2013
Fotos:Paulo Pimenta 01 02 03 04

domingo, 3 de março de 2013

Manifestação contra a crise
Porto, 02 de Março 2013
Foto: Paulo Pimenta 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14

sábado, 2 de março de 2013

# Fotógrafo Convidado do Mês de Março:Luis Rocha #

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"Notas de Memória" Em Agosto de 2012 fui convidado a realizar um documentário vídeo sobre o Centro Comunitário Madre Trindade em Dilor, Timor-Leste. Durante um mês e meio estive na montanha. Estas imagens fotográficas são essencialmente "Notas de Memória", são registos da minha estadia e da minha memória cultural de Timor-Leste e foram a forma que adotei de aprofundar o meu conhecimento histórico e antropológico dos momentos que vivi e da comunidade com que me envolvi.


Tenho a certeza que fica bastante por conhecer e por saber sobre Timor Lorosa'e (país do sol nascente), a vontade de voltar é enorme. Luís Rocha

Luís Rocha, 1970. Director Artístico do proj. Integrar Pela Arte - Movimento de Expressão Fotográfica 2009/2011. Director Artístico no projecto de Vídeo e Fotografia – Diálogo de Olhares

J. F. de Benfica, 2011. Coordenador e técnico de fotografia no Projecto Tecer a Cidade – Programa de Reinserção Social pela Arte
F. C. Gulbenkian, 2008. Residência artística pela Scoala de Poetica Fotografica “ Francisc Mraz” – Roménia, 2011. Realização de documentário sobre o café, São Tomé e Príncipe, 2006. Realização de documentário sobre a comunidade religiosa de Dilor, Timor-Leste, 2012.