quarta-feira, 27 de abril de 2011
# Fotógrafo Convidado do Mês de Maio Nelson d´ Aires #
A minha história como fotógrafo é simples e conta-se rapidamente sobre alguns números. O meu nome é nelson d’aires, tenho 36 anos, e sou autodidata.Comecei a aprender fotografia aos 27 anos e aos 30 despedi-me de um percurso de 10 anos a trabalhar como técnico numa empresa de construção civil. Há 5 anos e uns meses que sou fotógrafo freelancer. Mas números não são fotografia. A fotografia a que me dedico é feita de inquietação e é sempre feita a um nível pessoal. Porque acima de todos os números está o outro, com um rosto, um nome e uma história. É isto o que procuro ver com a fotografia.
No presente momento ando a trabalhar nalgumas comunidades ciganas. Preocupa-me a crise económica que Portugal está a passar, e tenho receio que asmedidas de austeridade deitem por terra os apoios sociais de inclusão das comunidades marginais da sociedade em que estamos inseridos.
Abaixo mostro pela primeira vez algumas fotografias recentes (ainda muito em bruto e em progresso) de uma comunidade cigana que, por ordem judicial (sentenciada no final de 2010), foi expulsa de um terreno onde vivia há cerca de 40 anos. O que me inquietou foi a forma como as autoridades agiram, de surpresa, no dia da expulsão e consequente demolição das “barracas”. Depois de os homens terem sido algemados e levados para uma esquadra em Leça da Palmeira, ficaram apenas as mulheres e crianças, assustadas, e a quem foram concedidos apenas alguns minutos para deixarem definitivamente o terreno.Pouco conseguiram retirar das “barracas”, apenas algumas fotografias, documentos e roupas. Material escolar, comida, electrodomésticos e outros pertences foram arrastados para a demolição. Agora, as dez famílias vivem em tendas oferecidas por uma ONG chamada Shelter BOX e sobrevivem com a solidariedade de alguns vizinhos e pessoas amigas, mas sem saberem, ainda, qual o seu futuro.
No presente momento ando a trabalhar nalgumas comunidades ciganas. Preocupa-me a crise económica que Portugal está a passar, e tenho receio que asmedidas de austeridade deitem por terra os apoios sociais de inclusão das comunidades marginais da sociedade em que estamos inseridos.
Abaixo mostro pela primeira vez algumas fotografias recentes (ainda muito em bruto e em progresso) de uma comunidade cigana que, por ordem judicial (sentenciada no final de 2010), foi expulsa de um terreno onde vivia há cerca de 40 anos. O que me inquietou foi a forma como as autoridades agiram, de surpresa, no dia da expulsão e consequente demolição das “barracas”. Depois de os homens terem sido algemados e levados para uma esquadra em Leça da Palmeira, ficaram apenas as mulheres e crianças, assustadas, e a quem foram concedidos apenas alguns minutos para deixarem definitivamente o terreno.Pouco conseguiram retirar das “barracas”, apenas algumas fotografias, documentos e roupas. Material escolar, comida, electrodomésticos e outros pertences foram arrastados para a demolição. Agora, as dez famílias vivem em tendas oferecidas por uma ONG chamada Shelter BOX e sobrevivem com a solidariedade de alguns vizinhos e pessoas amigas, mas sem saberem, ainda, qual o seu futuro.