quinta-feira, 30 de setembro de 2010
#Convidado do mês de Outubro David Clifford #
blackLand: ilha do Fogo
o vulcão impôs-lhe o nome e deixou a sua marca na areia vulcânica negra que cobre parte dos seus quase 500 kms2. dos Portugueses que em tempos idos por ali governavam ficaram os sobrados e um cemitério. e cemitério deixou de fora dos muros uma campa. a campa de D. Leonor Monteiro, filha de fidalgo português, que enamorada de um cabo-verdiano da ilha, ousou viver o amor proibido. e hoje, o velho cemitério dos Portugueses, banhado pela vista do Atlântico, esconde atrás do muro a campa de alguém que corajosamente, amou quem quis.
David Clifford nasceu no Canadá, filho de emigrantes portugueses. Depois de completar o programa básico de fotografia no Ar.Co, ingressou no Público em 1998, onde foi fotojornalista do staff e viria mais tarde a exercer funções como sub-editor e posteriormente editor de fotografia. deixou o jornal no final de 2007 e hoje trabalha como freelancer e é na fotografia documental e de viagem que vive a sua paixão pela Fotografia.
quarta-feira, 22 de setembro de 2010
domingo, 19 de setembro de 2010
domingo, 5 de setembro de 2010
Foto:Paulo Pimenta
A placa aponta para todos as direcções. Assinala o início ou o fim de Torre de Boi, de Barrondas, de Travassos e do fim do mundo. Ninguém repara no pedaço de cartão preso por dois arames. Lê-se Ga Mohale. Lá, encostados aos muros do Big Mama, os seus habitantes arrancam as cápsulas das garrafas de cerveja com os caninos. Exibem uma técnica feroz. A baliza está nas traseiras. Nunca ninguém a viu tombada. Consta que a trave e os postes ferrugentos são as guelras de um bicho. Em Ga Mohale a erva é alta porque toda a gente tem medo.
Luís Octávio Costa Jornalista Jornal Público
A placa aponta para todos as direcções. Assinala o início ou o fim de Torre de Boi, de Barrondas, de Travassos e do fim do mundo. Ninguém repara no pedaço de cartão preso por dois arames. Lê-se Ga Mohale. Lá, encostados aos muros do Big Mama, os seus habitantes arrancam as cápsulas das garrafas de cerveja com os caninos. Exibem uma técnica feroz. A baliza está nas traseiras. Nunca ninguém a viu tombada. Consta que a trave e os postes ferrugentos são as guelras de um bicho. Em Ga Mohale a erva é alta porque toda a gente tem medo.
Luís Octávio Costa Jornalista Jornal Público
quinta-feira, 2 de setembro de 2010
# Convidada do mês de Setembro Lisa Soares #
Anjos ou palhaços
Terá de haver um fio condutor na vida? Terão as sociedades de ser lógicas ou antes exprimirem-se pelo sopro? Terá de haver os cinco elementos juntos? Ou um de cada vez? O riso na água, a fé no banho, o ar no olhar, o inferno onde? A dor no sorriso, a paz na dor, a luxúria, ponto, o ferro em fumo incandescente, o esgar do anjo? Não, não há fios condutores. Em lado algum do acaso. Nem na minha carreira. Retrato o que vejo. E o que vejo é isto.
Lisa Soares Fotojornalista Agência Global Imagens.
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