sexta-feira, 5 de dezembro de 2025

 

Eis o F*cking Future de Marco da Silva Ferreira A peça de Marco da Silva Ferreira estreou-se quarta-feira, no Rivoli, no Porto.


 F*cking Future fecha um ciclo no percurso de um dos nomes mais internacionais da dança portuguesa. A peça de Marco da Silva Ferreira, coreógrafo de 39 anos, ​estreou-se esta quinta-feira no Rivoli, no Porto, onde fica até sábado. Nos dias 20, 21 e 22 de Fevereiro passa pelo Centro Cultural de Belém, em Lisboa. "Eis oito corpos na fricção entre militarização e militância, que desarmam não pela agressividade, mas pelo erotismo, pela confiança, por um desejo ardente pelo futuro — por um outro futuro que o presente não está a deixar passar", escreveu Mariana Duarte no tema de capa do Ípsilon de 28 de Novembro. Marco da Silva Ferreira é uma das 50 apostas que o Ípsilon revela na revista especial que celebra os 25 anos do suplemento. Compre aqui


 

Reunião: uma peça que é uma assembleia, que é teatro e é activismo em torno da deficiência


 Primeira reunião, dia 5 de Dezembro, 20h, Biblioteca Municipal de Marvila, Lisboa. Uma “sessão extraordinária” da assembleia, uma partilha de ideias com “todas as pessoas” na sala, “sem excepção”, introduz Inês Cóias. A conversa será sobre “uma parte da sociedade ainda ter de pedir e agradecer direitos humanos básicos”, acrescenta a intérprete e co-criadora da peça.

Camilo Soldado (Texto)

terça-feira, 2 de dezembro de 2025

 

A Estrutura vê os nossos dias na guerra e sede de vingança de Titus, de Shakespeare 

 Cátia Pinheiro e José Nunes, com Hugo van der Ding, adaptam uma peça “imperfeita”, mas plena de actualidade, do histórico dramaturgo inglês. Estreia-se no Teatro Carlos Alberto, no Porto. Titus Andronicus, que se acredita ser das primeiras peças de William Shakespeare, “é, por muitos, considerada um pouco imperfeita”, recorda José Nunes. Não obstante, o encenador, dramaturgo e actor reconhece nesta tragédia do histórico dramaturgo inglês uma “actualidade assustadora”. A guerra, a sede de poder, a vingança como motor, está aqui tudo, num tempo em que “a violência ressurge com novos rostos, sob discursos autoritários de guerra justa e paz imposta pela força”, num tempo em que “se normaliza a violência como forma de resolução de conflitos”, pode ler-se no site da Estrutura, a companhia de teatro portuense que José Nunes mantém, desde 2009, com a sua parceira, Cátia Pinheiro.
Daniel Dias (Texto)